domingo, 13 de abril de 2008

Rasgue a camisa, enxugue meu pranto

Desabado em linhas tortas de um desalinho sem desfecho...
e se de nada importa o que foi dito,
presumo que o tormento venha do que n foi falado...
talvez sentido...
mas não percebido, não tocado com nuas intenções,
venho incessantemente buscando sentido no torpor de minhas emoções e continuo avistando turvas formas de mundos ainda não descobertos.
O estranho, o mais estranho disso tudo é o apego ao não vivido, o apego a coisas irreais e puramente imaginarias, que insistem em voltar com as mesmas noticias e palavras...
gestos disfarçados que deixam ainda mais explicitas as reais tentativas desesperadas de atenção...
buscas atormentadas pelo tudo do nada...
Via vendo o sol e a poeira molhada, claros sons de moscas zunindo ao redor da comida esfarelada, que caiu sobre a mesa, após ter sido superficialmente atacada por minhas mãos frágeis e inocentes, e devorada por minha mente com a mais voraz das ternuras.
Olhos de contemplação inundam minha vida que já não se encontra mais nos mesmos papeis cor-de-rosa...
apesar dos mesmos sons, os acordes surgem de forma diferente diante das lembranças adormecidas de um passado ainda não suavizado.