terça-feira, 27 de maio de 2008

fotografia dos tempos de menina...


Dona Carolina encontra um livro empoeirado...

e no velho baú de seus pensamentos resurgem as lembranças e um sorriso terno dos tempos de menina...

um choro emocionado, e lágrimas caem sobre as paginas amareladas como gotas de céu...

O tempo pode até ter desbotado o papel da fotografia,

mas de fato não conseguiu arrancar dos rostos o ar sereno e a cor das almas das tais pessoas fotografadas.

como um emaranhado acalorado de sensações, as emoções verdadeiras permanecem tão reais que nem o tempo foi capaz de apaga-las.

A luz diminuiu, a pele enrrungou, as mãos não possuem a mesma habilidade da juventude...

porém, curiosamente o brilho nos olhos daquela senhora, não desbotou junto ao papel.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Nova Aurora


mas que tolices essas que vos disse ontem...


...Hoje não me importa mais as flores podres e murchas que um dia me arranharam com traiçoeiros espinhos, agora estão adormecidas e bem longe, longe...

Finalmente consigo ver a beleza viva do jardim da nova aurora, inalo o perfume doce e suave dos aormas delicadamente...

consigo agora até percerber o som de sininhos badalando estridentemente e gritando repetidamente a maravilha de um novo dia.

o sabor se tornou mistico, provocante, desejavel e com um intuito promissor de vontade.

meio ca assim com meus botoes purpura-azulados, toco lentamente nas petalas que ficaram caidas, jogo no lixo as que não me servem mais e acolho carinhosamente as semente a serem plantadas.

recomeço do começo "descomeçado"

por um lado foi como se tivessem tirado o resto de pedaço meu que ainda tava pendurado no vazio, por outro lado, foi como se tivessem cortado o fio do meu passado e começado um novo entrelaçado de historia, com tudo renovado em minha alma.
alivio, desespero, angustia e calmaria.
talvez um misto de emoçoes que contraditoriamente confudem e acalentam minha mente.
Foi como se pela primeira vez na vida, eu tivesse olhado pra mim mesma com com olhos de imparcialidade e pureza, e percebido a beleza que lá existe.
Emfim o caminho se abriu misteriosamente em múltiplos fragmentos de cores...
sinto que o auto-abandono não mais poderá atigir as falhas do tal desequilibrio harmonico, sigo assim nas asas da realidade, e entro no mundo real da irrealidade das minhas velhas e novas emoções.