sábado, 19 de fevereiro de 2011

Doces amores cruéis

Depois de um “oi” virtual e descontraído seu. Percebo que a única coisa que sobrou do amor tão bonito que eu vivi, foi apenas um copo cheio de magoas e palavras por dizer.
Agora vem esse ar de “bons amigos” e esse tom de “nada aconteceu”...
Me restou juntar pedaços do meu coração estraçalhado, mas talvez os pedaços tenham sido eu mesma que comecei a deixar por ai, a partir do momento que te amei demais, te amei tirando de mim pedacinhos de dedicação e carinho. Te dei a flecha pra atirar em mim, e você atirou, bem no meio da minha testa. No final, quem levou uma tapa na cara e um esfregão de realidade fui eu. Quando te via mentindo, tapava os olhos e os ouvidos, na ilusão de que te ter por perto fosse a melhor escolha. Mas eu descobri que o melhor lugar é ao lado do respeito, respeito por mim mesma, sabe? Acho que eu perdi um pouco o rumo por conta dos seus olhos traiçoeiros e das suas palavras apaixonadas.
Depois que eu te vi com ela, meu mundo caiu mais um pouquinho. Tive certeza naquele momento que eu não tinha significado nada pra você e que tudo que eu vivi e senti, não passou de uma ilusão, um holograma da minha realidade fantasiada. Agora eu tinha você ali, na minha frente, com ela, isso era o real aos meus olhos, e meu coração nesse momento saiu de fininho e acuado e disse: acabou.
Morri mais um pouquinho e com o passar dos dias renasci de uma forma magica, descobri uma força que eu não sabia que tinha, e me vi juntando os pedacinhos perdidos novamente.
Hoje eu sou lembranças, indiferenças, sonhos desencontrados, uma certeza de que eu cresci muito com isso e de que eu ainda tenho muito que aprender com a vida e com os amores...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Como o tempo...

Como o tempo, eu acordei caminhando na areia... vi no mar teu rosto ao final do horizonte, e nas minhas pegadas, as marcas de luz e sonhos que um dia se espalharam em minha vida.
Como o tempo, eu cantei felicidade, medo e saudade, e eu pintei fonemas e calafrios em torno do sol.
Como o tempo, vim dizer que coisas podem ser lindas mesmo estando distantes.. Como o tempo acelera os musculos os pensamentos e o coração...
...sorrisos voltam a minha volta!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sob o luar do sertão


O quintento violado tocava e cantanva em algum lugar bem proximo, mas na fantastica fabrica de chocolate quente e radiante de um outro quintento, ouvia-se e guardava-se apenas as sobremesas.
Só sei que as paredes andaram, as luzes brincaram no céu como em um balé clássico e cintilante... e tudo ao redor rodopiava... e nós giramos, giramos e giramos.
Brindamos a vida, os amores, a sorte...
e em um pra lá e pra cá de risos, caimos em águas coloridas, nos lambusamos na massa da farofa da tapioca, que até os passarinhos e os tubarões ficaram com inveja.
Grudamos a emoção no calor das fogueiras e eu não esqueceria o tudo do todo, nem o todo do tudo.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Diz que eu fui por ai.. porque eu tô por ali, fugindo do por aqui...

O que eu posso fazer se as fantásticas luzes dos palcos cintilantes e o aglomerado de mentes flutuantes não me encanta mais?
A calmaria tomou meu corpo e meus pensamentos de uma forma tão doce e delicada, que eu fico me perguntando como vivi tanto tempo sem percebê-la...
E eu senti, ...é, eu senti a tranquilidade da brisa leve tocando meu rosto, e o barulho repetitivo de certos ventos, e plantas, e pedras de dominó, e de garrfas e taças de vinho brindando um algo além do inimaginável e do visível aos olhos.
...e eu quase toquei nas idéias que se mostraram claramente sãns, contrastadas com desejos puramente sórdidos e ilegais que me fizeram observar a vida como uma balança equilibrada, com tais pesos e medidas particularmente meus.
Me vi tão certa... talvéz não tão certa assim, mas com a certeza que eu preciso, afirmei que meus vícios são as conversas acaloradas na beira da calçada, acompanhadas de palitinhos faltantes, espetos filosóficos e copos compreensivos e apaixonados...
Acho que eu tô ficando velha, ou nova demais, ou então eu simplesmente to lombrada de tanta coisa chata e irreal que aparece por ai, por ali, por aqui...por aqui...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

um queismo de não sei o que

tu tem gosto de cajá e aroma de pipoca,
veio trazendo no silencio a festa, na musica um olhar sutil de poesia, e algo de um quê, não sei o quê, de não sei de quê, que meu querer agora quer querer saber.

terça-feira, 27 de maio de 2008

fotografia dos tempos de menina...


Dona Carolina encontra um livro empoeirado...

e no velho baú de seus pensamentos resurgem as lembranças e um sorriso terno dos tempos de menina...

um choro emocionado, e lágrimas caem sobre as paginas amareladas como gotas de céu...

O tempo pode até ter desbotado o papel da fotografia,

mas de fato não conseguiu arrancar dos rostos o ar sereno e a cor das almas das tais pessoas fotografadas.

como um emaranhado acalorado de sensações, as emoções verdadeiras permanecem tão reais que nem o tempo foi capaz de apaga-las.

A luz diminuiu, a pele enrrungou, as mãos não possuem a mesma habilidade da juventude...

porém, curiosamente o brilho nos olhos daquela senhora, não desbotou junto ao papel.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Nova Aurora


mas que tolices essas que vos disse ontem...


...Hoje não me importa mais as flores podres e murchas que um dia me arranharam com traiçoeiros espinhos, agora estão adormecidas e bem longe, longe...

Finalmente consigo ver a beleza viva do jardim da nova aurora, inalo o perfume doce e suave dos aormas delicadamente...

consigo agora até percerber o som de sininhos badalando estridentemente e gritando repetidamente a maravilha de um novo dia.

o sabor se tornou mistico, provocante, desejavel e com um intuito promissor de vontade.

meio ca assim com meus botoes purpura-azulados, toco lentamente nas petalas que ficaram caidas, jogo no lixo as que não me servem mais e acolho carinhosamente as semente a serem plantadas.